quarta-feira, 19 de dezembro de 2012


FORMANDO DISCÍPULOS NO
MODELO DE JESUS

Texto Base: Mt 28.19,20; Mc 3.14

Introdução
   
     Precisamos partir do modelo apresentado por Jesus (embora não seja o primeiro modelo apresentado na Bíblia) que é o mestre dos mestres. Jesus teve um ministério onde ensinou multidões, mas concentrou a sua mensagem nos seus discípulos, formando a base para a continuidade do seu ministério a partir do discipulado. Sendo esta a principal ordem dada aos seus discípulos antes da sua ascensão (Mt 28.18-20; Mc 3.14).

1- O QUE É UM DISCÍPULO?

a.     A palavra “discípulo” (grego “mathêtês”) aparece por 269 vezes nos Evangelhos e em Atos. Significa “pessoa treinada, ensinada, aluno, aprendiz”.
b.    Um discípulo é alguém que crê em tudo o que Cristo disse e faz tudo o Cristo manda
c.      Um discípulo é alguém que aprende, vive o que aprende e o comunica a outros.
d.    Um discípulo é alguém que aprende as palavras, os atos e o estilo de vida de seu Mestre com a finalidade de ensinar a outros.
e.      Não basta sermos seguidores, precisamos ser discípulos!
f.      Todo discípulo é um crente, mas nem todo crente é um discípulo.

1.     O crente espera pães e peixes; o discípulo é um pescador.
2.     O crente luta por crescer; o discípulo luta para reproduzir-se.
3.     O crente depende dos afagos de seu pastor; o discípulo está determinado a servir a Deus.
4.     O crente gosta de elogios; o discípulo do sacrifício vivo.
5.     O crente entrega parte de suas finanças; o discípulo entrega toda a sua vida.
6.     O crente cai facilmente na rotina; o discípulo é um revolucionário.
7.     O crente precisa ser sempre estimulado; o discípulo procura estimular os outros.
8.  O crente espera que alguém lhe diga o que fazer; o discípulo é solícito em assumir responsabilidades.
9.     O crente reclama e murmura; o discípulo obedece e nega-se a si mesmo.
10.O crente é condicionado pelas circunstâncias; o discípulo as aproveita para exercer a sua fé.
11.O crente exige que os outros o visitem; o discípulo visita.
12.O crente busca na palavra promessas para a sua vida; o discípulo busca vida para receber as promessas da Palavra.
13. O crente pensa em si mesmo; o discípulo pensa nos outros.
14. O crente pertence a uma instituição; o discípulo é uma instituição em si mesmo.
15.                       O crente vale porque soma; o discípulo vale porque multiplica.
16.                       Os crentes foram transformados pelo mundo; os discípulos transformaram, transformam e transformarão o mundo.
17.                       Os crentes esperam milagres; os discípulos os fazem acontecer
18.                       Os crentes se destacam construindo templos; os discípulos se fazem para conquistar o mundo.
19.                       O crente sonha com a igreja ideal; o discípulo se entrega para fazer uma igreja real.
20.                       A meta do crente é ir para o Céu; a meta do discípulo é ganhar almas para povoar o Céu.
21.                       O crente necessita de festas para estar alegre; o discípulo vive em festa porque é alegre.
22.                       O crente espera um avivamento; O discípulo é parte dele.
23.                       O crente agoniza sem nunca morrer; o discípulo morre para dar vida a outros.
24.                       O crente longe de sua congregação lamenta por não estar em seu ambiente; o discípulo cria um ambiente para formar uma congregação.
25.                       Ao crente se promete uma almofada; ao discípulo se entrega uma cruz.
26.                       O crente cai nas ciladas do Diabo; o discípulo as supera e não se deixa confundir.
27.                       O crente responde talvez... o discípulo responde eis-me aqui.
28.                       O crente preocupa-se só em pregar o evangelho; o discípulo prega e faz outros discípulos.
29.                       O crente espera recompensa para dar; o discípulo é recompensado porque dá.
30.                       O crente espera que o mundo melhore; o discípulo sabe que não é deste mundo e espera o encontro com seu Senhor.

2- ENTENDENDO E ATENDENDO A CHAMADA DE JESUS PARA FAZERMOS DISCÍPULOS (Mc 1.14-20).

a.     A estratégia usada por Jesus e como ele considerava as oportunidades que tinha. A estratégia inicial de Jesus foi bem específica: "...pregando o Evangelho de Deus" (vs.14).
b.    O conteúdo da sua mensagem procurava destacar a importância que Deus dá ao homem enviando-lhe o seu reino: "o tempo esta cumprido, e é chegado o reino de Deus" (vs.15).
c.      Jesus Chama para o Arrependimento e a Fé (vs. 15). Não há caminhada cristã sem esse primeiro passo da parte do homem. Não há nem mesmo cristianismo.
d.    Jesus Chama para uma Vida de Serviço (vs.17). A chamada ao discipulado tem dois lados. O primeiro é a chamada para seguir a Jesus, ser um discípulo fiel e leal ao Mestre. O outro lado é para cumprirmos a missão que ele tem designado para cada um de nós. Jesus chama o homem primeiro para ser seu seguidor, fazer sua vontade e viver seus valores.
e.      Jesus Chama, não só pela Capacidade, mas também pela Disponibilidade (vs. 18). A resposta à convocação de Jesus foi imediata. Os homens simples do povo são chamados por causa desta disponibilidade para o serviço. Disponibilidade não é ociosidade; é, antes um estado de prontidão, de disposição para o serviço. Os primeiros não olharam para as redes e ficaram com pena de deixar a sua profissão e seguir a Jesus, para se tornarem seus discípulos.

3- COMO JESUS FAZIA DISCÍPULOS? UMA ANÁLISE DO SISTEMA DE DISCIPULADO DE JESUS

a.     O método de Jesus baseava-se muito mais no relacionamento do que na absorção de conhecimento acadêmico ou intelectual
1.     Mc 3.14 – “estar com Jesus” seria a marca do treinamento desses homens, veja At 4.13
2.     Deste momento em diante ficava claro que o ensino de Jesus seria o da convivência pessoal
b.    A proposta de Jesus era para além da vivencia relacional (Mc 3.8)
c.      Jesus fazia-os descobrir as propostas do Reino de Deus através das parábolas por Ele ensinadas (Mt 13.1-52)
d.    Jesus levava-os a conhecê-lo numa intimidade jamais demonstrada diante das multidões

1.     Sua transfiguração (Mt 17.1-8)
2.     Seu sono durante uma tempestade (Mc 4.38)
3.     Seu estado de fadiga e fome junto ao poço de Jacó (Jo 4.6-8)

e.      Jesus os levava a uma prática ministerial

1.     Eles confrontaram-se com demônios (Mt 17.14-21)
2.     Foram confrontados com a oração (Mt 26.36-46)
3.     A confrontação para a restauração de Pedro (Jo 21.15-23)

f.      Jesus valoriza o individuo pela alma não pelo bolso. Para Ele não há “peixe grande ou peixe pequeno”

1.     Zaqueu (Lc 19.1-9)
2.     A mulher samaritana (Jo 4.7-29)
3.     Nicodemos (Jo 3.1-21)

g.     As expectativas de Jesus quanto ao ministério diferenciavam-no de seus discípulos  (Mc 10.32-45)

1.     Jesus esta caminhando cheio de coragem, mas seus discípulos estão atemorizados (vs. 32)
2.     Jesus caminha em direção à cruz, seus discípulos ambicionam a glória (vs. 33-38
3.     Para Jesus o caminho da glória passa pela cruz, s discípulos queriam a glória sem a cruz.
4.     Jesus exerce sua autoridade para servir, os discípulos ambicionam poder para dominar (vs. 37-41)
5.     Houve uma crise entre eles por causa de poder (vs. 41)
6.     Uma vez mais se discutiu sobre quem era o maior (Mc 9.33-35)

4- ANÁLISE DE ALGUNS EPISÓDIOS SOBRE O MODELO DE DISCIPULADO DE JESUS

1.     Lições da pesca maravilhosa (Lc 5.1-11).  Neste acontecimento da grande captura de peixes, Jesus demonstrou os métodos para os ganhadores de almas.

a.     Um pescador de homens deve ir onde as pessoas estão (vs. 4a).
b.    Um pescador de homens deve usar o equipamento correto (vs. 4b).
c.      Um pescador de homens deve obedecer a Cristo e a sua Palavra (vs.5b).
d.    Um pescador de homens deve reconhecer suas próprias inadequações (vs.8).
e.      Um pescador de homens deve dar o seu testemunho em primeiro lugar (vs.11).

2.     A Parábola da Ovelha Perdida e Suas Lições (Lc 15.4-7). O tratamento do pastor da parábola é o que temos por referencial:

a.     Ele valoriza a ovelha perdida. O pastor poderia ter se contentado com as noventa e nove que estavam seguras e desistido da ovelha peralta que rebeldemente desgarrou-se. Mas o pastor não desistiu de buscar a ovelha, ainda que fosse uma ovelha rebelde.
b.    Ele procura pela ovelha perdida. O pastor saiu em busca da ovelha perdida.
c.      Ele desce aos mais profundos abismos para buscar a ovelha perdida. O pastor correu riscos para encontrar a ovelha perdida.
d.    Ele toma nos braços e leva para o aprisco a ovelha perdida. Ele não sente nojo da ovelha que caiu no abismo, mas desce os despenhadeiros mais perigosos para arrancar das entranhas da morte a ovelha que se perdeu e encontra-a, toma-a amorosamente nos braços e a leva para o aprisco.
e.      Ele corre riscos pela ovelha, se identifica com ela. Ao coloca-la sobre os ombros, toda a sujeira e sangue que estão na ovelha, vem para as vestes do pastor, mas ele não está preocupado com sua reputação.
f.      Ele celebra com alegria a volta da ovelha desgarrada. A Bíblia diz que há festa no céu por um pecador que se arrepende. Os anjos exultam de alegria ao verem uma ovelha sendo resgatada das garras da morte.



















quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O Vinho no Contexto da Igreja Primitiva

O Vinho no Contexto da Igreja Primitiva

Ef 5:18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito

Os textos bíblicos aqui usados serão 100% em grego original

Introdução: Com base em 1 Tm 3:3 e 5:3 seria a Bíblia Sagrada um livro contraditório? Que termo ou termos gregos a Bíblia Sagrada emprega para a palavra “vinho”? Nos dias de Jesus e da Igreja Primitiva vinhos que se distinguiam um do outro? Como explicar a história e a presença do vinho no contexto da Igreja?

A Palavra “vinho” e Suas Etimologias
·         No hebraico do Velho Testamento, vinho é yayin. Obs.: Este termo hebraico é encontrado 141 vezes no Velho Testamento e é usado para identificar diversos tipos de vinho fermentado ou não-fermentado (ver Nee 5.18, que fala de "todo o vinho [yayin]" = todos os tipos).

Ne 5.18. va'asher hâyâh na`aseh leyom 'echâdh shor 'echâdh tso'nshêsh-beruroth vetsipporiym na`asu-liy ubhêyn `asereth yâmiym bekhol-yayin (vinho) leharbêh ve`im-zeh lechem happechâh lo' bhiqqashtiy kiy-khâbhdhâhhâ`abhodhâh `al-hâ`âm hazzeh.

àPor um lado, yayin aplica-se a todos os tipos de suco de uva fermentado (Gn 9.20,21; 19.32-33; 1Sm 25.36,37; Pv 23.30,31). Os resultados trágicos de tomar vinho fermentado aparecem em diversas páginas do Velho Testamento bíblico. Veja Pv 23.29-35
(versículo 30) lam'achariym `al-hayyâyin (vinho) labbâ'iym lachqor mimsâkh  
(versículo 31) 'al-têre' yayin (vinho) kiy yith'addâm kiy-yittên bakkiys [ba][kos] `êynoyithhallêkh bemêyshâriym

O outro termo hebraico traduzido por "vinho" é tirosh, que, etimologicamente, significa "vinho novo" ou "vinho da vindima". O termo Tirosh ocorre 38 vezes no Velho Testamento e jamais identifica uma bebida fermentada, e sim um produto não-fermentado extraído da videira, tal como o suco ainda no cacho de uvas (Is 65.8), ou o suco doce de uvas recém-colhidas (Dt 11.14; Pv 3.10; Jl 2.24).

Joel 2:24. umâl'u haggorânoth bâr vehêshiyqu hayqâbhiym tiyrosh (vinho).veyitshâr  
Brown, Driver, Briggs (Léxico Hebraico-Inglês do Velho Testamento) declaram que tirosh significa "mosto, vinho fresco ou novo" (o γλεύκους de Atos 2:13).
A Enciclopédia Judaica (1901), revela que o termo tirosh inclui todos os tipos de sucos doces e mosto, mas nunca o vinho fermentado". Tirosh, segundo a Palavra de Deus, possui "bênção nele" (Is 65.8); o vinho fermentado, no entanto, segundo a Palavra de Deus, em Pv 20:1, "é escarnecedor" e causa embriaguez (ver Pv 23.31). Além de yayin e tirosh, o Velho Testamento revela uma terceira palavra hebraica para identificar o “vinho” = shekar (encontrada 23 vezes no Velho Testamento). Significa:  "bebida forte" (1Sm 1.15; Nm 6.3).
1 Sm 1:15. vatta`an channâh vatto'mer lo''adhoniy 'ishâh qeshath-ruach 'ânokhiy veyayin veshêkhâr (vinho) lo' shâthiythiyvâ'eshpokh 'eth-naphshiy liphnêy Adonay  
·         No grego do Novo Testamento, vinho é ον = ino
·         Em latim, vinho é vinus.

Vinho é Vinho

A Bíblia Sagrada não usa nenhum termo simbólico para a palavra vinho ou para oculta-la. Vinho é vinho!!! A Palavra de Deus é a Palavra do Deus Verdadeiro. Não é porque a palavra vinho no decorrer dos séculos sempre esteve banalizada, mundanizada, satanizada, suja, etc. que Deus usaria um termo especial para justificar a presença da “palavra” vinho no contexto da Igreja Primitiva. Não! Um crente nascido de novo não precisa que Deus fique lhe dando explicações especiais disso ou daquilo. Se isso é ou não permitido. Se isso pode ou não pode. Se isso é correto ou incorreto. Não!!! Um crente nascido de novo possui a mente de Cristo (1 Co 2:14-16). Um crente realmente servo sabe que a Bíblia Sagrada é a Palavra de Deus e que nela não há o mínimo sinal de contradição. As revelações de Deus a respeito da santidade de vida e da realidade do pecado jamais serão encontradas numa corda-bamba. Nunca!

Todas as vezes em que a Bíblia refere-se a vinho no Novo Testamento, o termo usado é ον em 1 Tm 5:13γλεύκους, que significa “vinho novo” em At 2:13 – ονον em Mt 9:17. Lc 5:37-38.

Obs: E olha que tanto ον quanto ονον têm duas etimologias, heim! Imagine se algum fanático resolvesse polemizar com base numa das duas etimologias que acompanham estas duas palavras gregas! São elas, as etimologias: (1) vinho de palmeira e (2) vinho. Com certeza seria briga sem data de encerramento. Mas, a palavra de Deus não pode e nem deve ser defendida com ofensas, discussões infundadas, brigas, etc. Não! Ela é a Palavra de Deus.

O que é Fermentação?

A Fermentação é utilizada na elaboração de bebidas fermentadas, como o vinho e a cerveja. No caso do vinho, a fermentação é utilizada para a obtenção de álcool a partir dos açúcares do suco de uva. Fermentação é um processo bioquímico (bioquímica é o ramo da química que estuda as reações que ocorrem nos organismos vivos) realizado por microorganismos (organismo microscópio, vegetal ou animal; organismo muito pequeno) que  convertem moléculas (moléculas são as mais pequenas partículas de um elemento ou de um composto químico que possa existir no estado livre e que possua ainda todas as propriedades desse elemento ou composto) de carboidratos (açúcares) em álcool, gás carbônico e energia.
Nota: Conforme comentários acima, o vinho, é óbvio, procede do líquido da uva. Trata-se, portanto, de uma bebida fermentada ou, ocasionalmente, não-fermentada procedente da uva. Geralmente, o vinho é uma bebida fermentada com baixo, médio ou alto teor de álcool.

Existe Vinho Não-Fermentado?

O processo de extração de uvas faz-se em grandes vasilhas de madeira semelhante a uma enorme bacia, chamada cuba - na Bíblia, também aparece denominado "lagar", - onde é realizada a espremedura da uva, ou pisa. Atualmente, esse trabalho humano e artesanal é substituído por máquinas que realizam a mesma tarefa. O resultado obtido é um caldo espumoso, de forte coloração vermelha escuro, ligeiramente adocicado, de agradável odor e paladar. Este caldo nada mais é do que o puro suco de uva fresco, livre de qualquer processo de fermentação - ou seja, vinho não-fermentado. A fermentação se dá quando enzimas (moléculas de origem biológica, produzidas por células vivas, que aumentam a velocidade de uma reação bioquímica específica, atuando como catalisador orgânico) produzidas por bactérias, em contato com o produto, entram em ação. No caso do sumo da uva, essas bactérias, alimentando-se do açúcar natural proveniente da fruta, produzem enzimas que convertem esse açúcar em gás carbônico e álcool. O gás se desprende, permanecendo apenas o álcool. Podemos dizer, então, que isto é suco de uva fermentado. A fermentação desse vinho (chamada de fermentação acética), por sua vez, produz o vinagre.

Um exemplo: A massa do pão é um grande exemplo típico de fermentação. O amido (amido é um composto hidrocarbonato <carbonato hidratado> muito abundante nos vegetais).... pois bem.... o amido da farinha de trigo é transformado em açúcar, que por sua vez converte-se em álcool e gás carbônico pela ação desses microorganismos. O gás forma bolhas no interior da massa, fazendo-a crescer. Quando é assada, os microorganismos morrem e o álcool evapora, de modo que a massa não apresenta o gosto de álcool e nem o típico paladar azedo de produto que sofreu fermentação. No caso das bebidas alcoólicas, existem aquelas que são adicionadas álcool e as que são o resultado da fermentação direta (é o caso do vinho – por causa da natureza da uva...). O açúcar da uva, da cana, do malte ou de outra matéria-prima usada é transformado em álcool e gás carbônico; o gás se desprende, permanecendo o álcool na bebida.

Nota:  A bebida fermentada, por exemplo, o vinho, sempre precisou de cinco na sete dias para manifestar-se como bebida alcoólica.

Jesus Usou Vinho Fermentado
Ou não-fermentado?

1ª Nota: No Velho Testamento, bebidas fermentadas eram proibidas no seio do povo de Deus e jamais deviam ser usadas na casa de Deus. Inclusive, sacerdote algum podia chegar diante de Deus em adoração se tomasse bebida embriagante (Lv 10.9). Jesus Cristo, ao manifestar-Se no Novo Testamento, o fez na qualidade de Sumo-Sacerdote do Altíssimo em favor de um povo santo (Hb 3.1; 5.1-10).

2ª Nota: Em nenhum livro do Evangelho, no momento da celebração da Santa Ceia, a Bíblia revela Jesus citando a palavra vinho. Nunca! Por quê? Porque Jesus usou unicamente o sumo da uva. Isto é, vinho não fermentado, identificado na expressão “fruto da videira” ou “fruto da vide”. Textos originais do Novo Testamento grego: 

1.      γεννήματος τς μπέλου = fruto da videira. Mt 26:29.
2.     το γεννήματος τς μπέλου =o fruto da videira. Mc 14:25.
3.     το γενήματος τς μπέλου = o fruto da videira. Lc 22:18.

Obs: O vinho fermentado não é produzido pela videira, e sim pela fermentação que destrói grande parte do açúcar natural encontrado na uva, alterando sensivelmente a obra da videira: produzir uvas, e nunca, produto alcoólico.
Obs II

1 Tm 5:23. Μηκέτι (Não mais) δροπότει (tomes água), λλ (mas)᾿ ον ( vinho) λίγ ( pouco) χρ (usa) δι (por causa de) τν (o) στόμαχόν (estômago) κα (e) τς (as) πυκνάς (freqüentes) σου (tuas) σθενείας (enfermidades).

Paulo recomendou realmente a Timóteo que tomasse um pouco de vinho (em combate a uma doença estomacal em Timóteo)... Com certeza, vinho não fermentado. Afinal, o próprio Paulo declarou-se inimigo público e irreversível daquilo que o vinho fermentado produz no homem.  Ef 5:18.

Obs III
Infelizmente, crentes com tendências malignas de alcoólatras, cachaceiros, carnais, mundanos e sempre desejosos de brechas que corroborem com seus desejos de pecados, questionam a veracidade da Palavra de Deus para Seus filhos. Aos santos, revelou o Apóstolo Paulo: “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo”. 2 Co 11:3.